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No momento em que a ONU aprova a intervenção militar estrangeira na Líbia, publicamos a tradução de um artigo de Fred Weston, do Secretariado Internacional da CMI (Corrente Marxista Internacional), escrito há 18 dias, que poderia ter sido escrito hoje. Na cidade líbia de Az Zawiyah (próxima à capital), os rebeldes resistiram a uma tentativa das forças de Khadafi de retomar a cidade. De acordo com informações de testemunhas, foram 6 horas de luta durante a noite, enquanto os dois lados lutavam pelo controle da cidade. Como informou um ativista anti-Khadafi: “Nós conseguimos derrotá-los porque nosso ânimo está elevado e o deles está zero”.

Em primeiro lugar, as reivindicações da Revolução são democráticas. Claro! Depois de 30 anos de ditadura brutal, a juventude está ansiosa por liberdade. Evidentemente, seu desejo por democracia pode sofrer abusos da parte dos políticos burgueses que apenas estão interessados em sua futura carreira em um parlamento “democrático”. Mas cabe-nos absorver as demandas democráticas e dar-lhes um conteúdo nitidamente revolucionário. Isto inevitavelmente levará à reivindicação por uma mais profunda mudança na sociedade.

Há mais de uma semana crescem as manifestações dos trabalhadores do setor público em defesa de seus salários, benefícios e de seus direitos de representação sindical.A luta em Wisconsin está rapidamente se tornando uma luta nacional, uma espécie de “Praça Tahrir” americana, um ponto de referência para os trabalhadores que se encontram sob ataque em todo o país.

A Revolução Árabe é uma fonte de inspiração para os trabalhadores e para a juventude de todo o mundo. Ela abalou cada país no Oriente Médio em seus alicerces e suas repercussões se fazem sentir em todos os lugares. Os dramáticos acontecimentos no Norte da África e no Egito assinalam um ponto de virada decisivo na história humana. Esses acontecimentos não são acidentes isolados fora do processo geral da revolução mundial.

O poder está rapidamente escapando por entre os dedos de Muammar Khadafi, enquanto os protestos anti-governo continuam a varrer a nação africana apesar da repressão brutal e sangrenta.Com uma cidade após a outra somando-se às forças anti-Khadafi, sua única base agora é Trípoli. O leste está sob controle dos insurgentes e a maior parte do oeste está nas mãos dos rebeldes, incluindo cidades bem próximas da capital.

Hieronymus Bosch foi um dos mais notáveis e originais pintores de todos os tempos. Suas obras foram pintadas há 600 anos e ainda continuam surpreendentemente modernas, tendo antecipado o surrealismo.É a arte de um mundo em estado de turbulência, despedaçado por tendências contraditórias – um mundo em que a luz da razão se extinguia e onde as paixões animalescas ganhavam relevo, um mundo de horror e violência, um pesadelo real. Em síntese: um mundo muito parecido com o nosso. Alan Woods analisa isso do ponto de vista do materialismo histórico.

‘Eu realmente acredito que a revolução nos mudou. As pessoas estão agindo de forma diferente entre si.’ Essas são as palavras da Sra. Kamel, 50 anos, uma das muitas mulheres que saíram para a Praça Tahrir, participando ativamente da revolução.

Depois do povo tunisiano derrubar Ben Ali, os analistas “experts” nos diziam que a revolução não se espalharia até o Egito. Depois que isso aconteceu, estes “experts” não estavam mais certos sobre o que poderia acontecer na seqüência. Já tivemos poderosos movimentos na Jordânia e no Iêmen, assim como grandes protestos na Argélia e em outros países. Agora é a vez da Líbia e do Bahrein, assim como o Iraque, enquanto o Iêmen está pegando fogo novamente.

Nos protestos de 20/2 em Marrocos, o Estado reprimiu as massas, levando a pelo menos 9 mortes e muitas prisões. Um militante da Liga de Ação Comunista (LAC), seção da CMI em Marrocos, foi preso e torturado. Pedimos solidariedade para repudiar essas ações.

Na natureza, um terremoto é seguido por tremores secundários, suas réplicas. Estes podem ser tão catastróficos em seus efeitos quanto a explosão original. Estamos testemunhando este fenômeno em termos sociais e políticos.

Declaração de ‘Lucha de Clases’ – corrente do PSUV (Partido Socialista Unido de Venezuela) e seção venezuelana da CMI (Corrente Marxista Internacional) – explica que Khadafi nada tem a ver com um líder anti-imperialista e chama todo apoio ao povo líbio!

Neste artigo, o camarada Luiz Bicalho aborda os desdobramentos revolucionários na Tunísa e no Egito à luz da teoria marxista da Revolução Permanente e da organização da classe trabalhadora como classe para si.

Após a queda de Mubarak, o Exército acabou ocupando o vácuo de poder. Como isso foi possível no momento em que os trabalhadores estavam mais fortes? Fred Weston analisa essa e outras conseqüências da ausência de um partido da classe trabalhadora no Egito.

Hoje, 14/02, faz um mês que o ditador Ben Ali caiu. Tem sido um mês de luta constante entre a classe dominante, que quer regressar à normalidade burguesa, e os trabalhadores e jovens que fizeram a revolução e buscam impedir que o antigo regime retorne.

Neste artigo, Alan Woods discute sobre a base do marxismo, as perspectivas econômicas e políticas para 2011, analisando o otimismo e o pessimismo que setores do imperialismo têm expressado. Indispensável leitura para todos que intervêm na luta de classes.

A Alemanha destoa do restante dos países imperialistas, inclusive os europeus. Enquanto nos outros as empresas continuam demitindo e o desemprego segue elevado, na Alemanha as empresas estão contratando. Este artigo faz uma análise marxista da situação.

A revolução egípcia, que veio logo após o levante na Tunísia, provocou ondas em todo o mundo árabe. Todos os estrategistas sérios do capital discutem o ‘efeito dominó’ dos acontecimentos no Egito. Mas nenhum deles pôde prever nada do que está acontecendo. Apenas uma semana antes de Ben Ali se ver obrigado a fugir com o rabo entre as pernas, a revista britânica The Economist negou a possibilidade de que Ben Ali fosse derrubado e, inclusive, que seu regime fosse abalado. Em seguida, depois que Ben Ali foi deposto, a mesma revista agravou o erro, ao procurar tranqüilizar seus leitores, afirmando que a revolução da Tunísia não se espalharia a países como o Egito, porque este

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