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Depois de lograr a renúncia de Alberto Carrasquilla, ministro da Fazenda, e depois da retirada da reforma tributária, a Paralisação Nacional já conta com 13 dias de luta e o movimento continua vivo nas ruas. Seus pulmões não cedem, estão cada vez mais cheios de ar e força. De nada serviram os ataques realizados pelo governo, buscando liquidá-lo, pois, a cada ferida ou mutilação nova, sua raiva aumenta, sua consciência cresce e sua determinação se concentra. É um movimento tomado pela energia da mudança que se fortalece com a dignidade que quiseram lhe arrebatar.

As preocupações estão aumentando sobre o impacto que a situação catastrófica na Índia poderia ter sobre a pandemia no continente africano. O fornecimento de vacinas para a África depende muito do Serum Institute da Índia, a fonte das vacinas AstraZeneca distribuídas pelo projeto global Covax Facility, que supostamente fornece vacinas para países pobres. A proibição de exportação de vacinas da Índia afetou severamente a previsibilidade do lançamento de programas de vacinação e continuará a fazê-lo nas próximas semanas e talvez até meses.

Como um guarda-roupa velho e instável, as instituições burguesas chilenas estalam à mais leve brisa. No mês passado, essas decadentes instituições foram derrubadas, em função de um projeto de lei que autorizaria, pela terceira vez, o saque de 10% dos fundos de pensão pelos contribuintes da previdência privada. O presidente Sebastián Piñera foi derrotado nesta questão e, mais uma vez, foi a organização da classe trabalhadora o motor de sua derrota, que se expressou em uma formidável mobilização dos estivadores e na ameaça de uma greve geral.

O Dia do Trabalhador, 1º de maio de 2021, foi marcado pela barbárie que cresce em espiral causada pela forma como a classe dominante lidou com a pandemia e a crise do capitalismo. Um aumento massivo e subterrâneo de raiva ocorreu em todo o mundo, mas os líderes reformistas dos trabalhadores em muitos países usaram a pandemia como uma desculpa para cancelar os comícios do 1º de Maio. Na verdade, muitos dos mesmos líderes usaram a pandemia para defender a “unidade nacional” e conter as lutas dos trabalhadores ao longo do ano passado. No entanto, onde foi possível, camaradas da Corrente Marxista Internacional (CMI) participaram dos protestos do Dia do Trabalhador em todo o mundo.

Uma segunda onda brutal de Covid-19 está devastando a Índia, com 350 mil novas infecções registradas diariamente – embora este número oficial apenas arranhe a superfície. A situação em todo o país é um pesadelo. Mas para aqueles que estão nas camadas mais pobres da sociedade, é uma visão do inferno.

Ontem, 3 de maio, Alberto Carrasquilla, que foi o impulsionador da Reforma Tributária, saiu pela porta dos fundos, renunciando junto com os vice-ministros da Fazenda, Juan Alberto Londoño e Juan Pablo Zárate. A pressão da Paralisação Nacional, que hoje chega ao sexto dia, e a bancarrota total do governo de Duque-Uribe puseram à prova estes funcionários de palha, que, ao subestimar a força do levantamento popular, foram derrubados pelo mesmo.

Depois de cinco dias de protestos em 23 cidades colombianas contra a Reforma Tributária de Iván Duque, o governo retirou o projeto de lei. Esta é um contundente vitória para a classe trabalhadora. Durante quatro dias, mais de 50 mil pessoas, segundo os números oficiais (uma subestimação, considerando-se as mobilizações fora da capital) tomaram as ruas para protestar contra um projeto de lei que forçava a classe trabalhadora a pagar pela crise do capitalismo causada pela burguesia.

Nota do Editor: A situação política convulsiva se desenvolve rapidamente na Colômbia. Neste artigo, publicado ontem (2) em marxist.com, apresenta um primeiro balanço da greve e protestos que já conquistaram uma importante vitória: a derrubada da reforma tributária. Ainda hoje, publicaremos uma nova análise que apresenta as perspectivas a partir desta conquista dos trabalhadores colombianos.

No início deste mês, o FMI e o Banco Mundial realizaram sua segunda série de reuniões desde o início da pandemia. Apesar dos horrores indescritíveis que milhões de pessoas estão enfrentando, aqui o clima era de celebração e otimismo. A economia mundial está se movendo novamente, e ainda mais rápido do que eles esperavam!

A aparente paz social que se vive em Portugal nos anos recentes - sem grandes revoltas nem tumultos sociais notáveis - esconde uma realidade bem mais complexa e amarga debaixo da sua superfície frágil. Apesar da comunicação social, tanto nacional como internacionalmente, ter saudado a recuperação económica em Portugal como um renascimento, as cicatrizes que uma década de austeridade deixou na sociedade, agravadas pela pandemia da COVID-19, criaram o potencial para desenvolvimentos revolucionários no futuro.

No último dia 19 de abril, a Alternativa Popular Revolucionária (APR) realizou o lançamento público do seu Congresso de Fundação. É um passo importante para a APR, que foi criada em agosto do ano passado por organizações socialistas e revolucionárias, em resposta ao curso antioperário do governo venezuelano do presidente Maduro. O congresso discutirá o programa da APR, um documento político e suas estruturas organizativas.

No verão passado, dezenas de milhões de pessoas nos Estados Unidos participaram do movimento Black Lives Matter desencadeado pelo assassinato policial racista de George Floyd. Quase um ano depois, em 20 de abril de 2021, seu assassino Derek Chauvin foi condenado por três acusações: homicídio doloso não intencional em segundo grau; assassinato “intencional” de terceiro grau; e homicídio culposo em segundo grau. A condenação de Chauvin está muito longe de fazer justiça a George Floyd e a todos aqueles que enfrentam constantemente a brutalidade policial.

As eleições presidenciais no Peru, em 11 de abril, resultaram em uma grande surpresa com a vitória contra todas as probabilidades no primeiro turno de Pedro Castillo, líder da greve dos professores de 2017. No segundo turno, ele enfrentará a candidata fujimorista da Força Popular, Keiko Fujimori, em uma expressão clara da enorme polarização política em um país atormentado pela crise econômica e pela pandemia da Covid-19.

“O problema de se poder atribuir ao pensamento humano uma verdade objetiva não é um problema teórico, e sim um problema prático. É na prática onde o homem tem que demonstrar a verdade, isto é, a realidade e o poder, a concretude de seu pensamento. A disputa em torno à realidade ou irrealidade do pensamento – isolado da prática – é um problema puramente escolástico” (Marx, Segunda Tese sobre Feuerbach)

O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, morreu. Sem surpresa, o establishment aproveitou a oportunidade para elogiar este infame fanático e para promover o hasteamento patriótico de bandeiras. Dizemos: Abaixo a Monarquia! Derrubem esta relíquia reacionária podre!

A atividade humana nos permite compreender o mundo em que vivemos e suas leis e, portanto, em última análise, nos permite dominar essas leis, elevar-nos acima delas e alcançar a verdadeira liberdade, que é o reconhecimento (a compreensão) da necessidade.

No texto clássico, Lenin explica brilhantemente os princípios fundamentais da filosofia materialista do marxismo. Ele os defende contra os ataques idealistas do idealismo subjetivo do “machismo” [termo relativo às ideias de Ernst Mach, físico e filósofo austríaco], uma tendência filosófica que na época de Lenin estava se tornando muito popular, mesmo dentro do movimento operário.

A campanha eleitoral para o segundo turno das eleições presidenciais no Equador no domingo, 11 de abril, chegou ao fim. O segundo turno coloca o banqueiro Guillermo Lasso, candidato da oligarquia capitalista, contra o candidato da esquerda da UNES [Unión por la Esperanza], Andrés Arauz, que representa o Correísmo e ficou em primeiro lugar no primeiro turno no dia 7 de fevereiro. Até agora, as pesquisas não sugerem um vencedor claro.

Uma revolução está ocorrendo em Mianmar. As massas estão mostrando uma coragem imensa diante da violência brutal da junta militar. Trabalhadores e jovens se preparam para se defender e se aliar às organizações de grupos étnicos oprimidos. Um levante operário armado e uma greve geral total e contínua devem ser organizados para derrubar a junta assassina!

No momento em que este artigo foi escrito, o navio porta-contêineres Ever Given, de propriedade da Shoei Kisen Kaisha e operado pela Evergreen Marine, foi finalmente libertado após encalhar nas margens do Canal de Suez. O bloqueio teve um impacto importante na economia internacional: o preço do petróleo bruto subiu e teve um impacto significativo no custo do transporte das mercadorias e nos seus preços finais. Esse evento pode ter consequências de longo prazo, com uma cadeia de efeitos difícil de calcular.