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Há cento e cinquenta anos, em 28 de setembro de 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores, mais comumente conhecida como a Primeira Internacional, nascia. Esta primeira organização internacional proletária pavimentou o caminho para o crescimento da organização da classe trabalhadora e difundiu o Marxismo por todo o mundo. Em seus dias, a classe dominante tremia diante desta ameaça revolucionária.

O senhor Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, tentou invocar os espíritos das profundezas como os personagens de Shakespeare, Glendower e Hotspur. “Vou fazer o que for necessário”, disse ele alguns anos atrás. Se supunha que tais espíritos salvariam o Euro e restaurariam o crescimento. No entanto, embora o Euro tenha se estabilizado, temporariamente, a crise europeia com certeza se aprofundou. Desta vez, ela está ameaçando lançar a União Europeia no pesadelo de uma deflação ao estilo japonês.

Faltando apenas sete dias para a realização do referendo da independência escocesa, durante a semana passada ocorreu uma grande mudança nas pesquisas de opinião. Até agora a maioria das pesquisas colocavam a campanha do “não” à frente com uma margem em torno dos 10%. Esta vantagem veio se reduzindo desde o ano passado, mais ainda assim parecia prever uma confortável vitória para o campo pró-união.

No Congresso Mundial da CMI tivemos a presença fraterna de um camarada dirigente do grupo Borotba (A Luta), da Ucrânia que fez importantes relatos do que se passa  em seu país e como a situaçãoi e a luta se desenvolvem. Dmitry já havia publicado na revista que dirige a Nota conjunta PCB/Esquerda Marxista sobre a luta contra o fascismo e o governo de Kiev.

Às vésperas da reunião de cúpula da OTAN no País de Gales, a crise ucraniana está proporcionando uma escalada retórica. As mesmas pessoas que nos falaram das “Armas de Destruição em Massa” de Saddam Hussein estão agora levantando clamores sobre milhares, talvez dezenas de milhares, de tropas russas invadindo a Ucrânia e estão exigindo uma ação rápida para combatê-las.

Depois do colapso da União Soviética e da contrarrevolução capitalista na China, um imenso vácuo político se abriu na ideologia e na política em escala mundial. Nestas condições, ocorreu a ressurgência do Islã político e do fundamentalismo religioso.

A raiz da crise na Ucrânia encontra-se nos efeitos desastrosos da restauração do capitalismo. A destruição da economia planificada foi um tremendo revés não só do ponto de vista econômico, mas também social.

O Partido Comunista Brasileiro e a Esquerda Marxista têm acompanhado com preocupação os fatos que se desenrolam na Ucrânia. É mais um capítulo da intromissão imperialista no país e da luta entre frações oligárquicas que marcam a história ucraniana desde sua separação da URSS. Estes oligarcas emergiram como força dominante ao se apropriar, através de manobras e privatizações escusas, do patrimônio construído com muito sacrifício pelo povo soviético. Suas ações levaram o país à situação atual, à beira da bancarrota econômica e social.

As tensões estão altas na Tailândia enquanto uma crise política que permaneceu latente durante anos alcança o ponto de ebulição. Em 22 de maio um golpe militar depôs o governo. O governo, que nada tem a ver com a esquerda, enfrentava uma oposição de direita nas ruas.

Desenvolve-se no Brasil um processo na luta de classes no qual podemos ver o inicio de greves de massas e, inclusive, com transbordamentos das direções burocráticas. É uma consequência direta da virada na situação política que o país conhece desde junho de 2013.

Thomas Piketty, economista e acadêmico francês, tornou-se uma sensação da noite para o dia graças ao seu livro “O Capital no Século XXI”, um best-seller que tem suscitado debate por todos os lados por sua detalhada análise da desigualdade sob o capitalismo, para o júbilo e louvor dos reformistas de esquerda, e horror e medo dos direitistas do livre mercado.

Em um raro momento de sinceridade, o presidente interino da Ucrânia Turchynov admitiu que suas forças eram “impotentes” para sufocar a revolta no Leste da Ucrânia, enquanto a insurgência pró-russa se encontra em ascensão. Além disso, ele admitiu que as forças de segurança ucranianas não são confiáveis e que “algumas dessas unidades ou ajudam ou cooperam com grupos terroristas”. Agora, o objetivo seria evitar que a insurgência pró-russa se espalhe para as regiões de Kharkov e Odessa. Isto equivale a uma declaração de derrota.

Na segunda-feira, 2 de junho, estiveram na Livraria Marxista, em São Paulo, três policiais militares. Três sargentos, para sermos mais exatos. Da última vez que a PM esteve na Livraria Marxista, há três anos, no dia seguinte assaltantes invadiram o local durante o dia, armados de revolver, e conheciam tudo. Roubaram os computadores, documentos e não se incomodaram nada com haver apenas R$100,00 no caixa. Vamos ver o que vai acontecer agora.

Em 14 de maio foi assinado pela Fim, FIOM e Uilm [Os sindicatos nacionais dos metalúrgicos. N.d.T.] o acordo com a Electrolux. Apesar de não conter o que foi ameaçado nos últimos meses pela empresa, como o fechamento de estabelecimentos, demissões e redução drástica dos salários, apresenta de qualquer forma um forte agravamento das condições e cargas de trabalho.

Os acontecimentos dramáticos que se desdobraram neste país nas últimas semanas – entre eles o sequestro de mais de 300 alunas por Boko Haram – confirmam mais que nunca a completa impotência da inepta e extremamente corrupta classe dominante nigeriana, e também a podridão das forças armadas do país face à insurgência.

274 mineiros foram declarados mortos e até uma centena deles ainda estão presos sob a terra depois de uma explosão em uma mina de carvão na Turquia, na cidade ocidental de Soma. O acidente revela a impiedosa exploração e a desigualdade extrema que há por trás do crescimento econômico da última década. Ao que parece, a cifra já subiu a 282 mortos e, segundo as horas passam, evaporam-se as esperanças de se encontrar com vida a aproximadamente uma centena de mineiros ainda encerrados na mina – Nota do Tradutor].

Em Bauru, a Esquerda Marxista mantém um local no centro da cidade destinado a reuniões, exibição de filmes e encontros que são também utilizados por movimentos populares, sindicatos partidos políticos entre outros movimentos sociais.