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A turbulência nos mercados é um reflexo preciso do estado mental da burguesia, que se caracteriza por extremo nervosismo. Isto, por sua vez, é um reflexo do fato de que a atual crise é sem paralelo em seu alcance. A burguesia se encontra à deriva em águas desconhecidas, sem nenhum mapa ou bússola.

Nas ruas do México irromperam protestos em massa contra a fraude eleitoral. A versão oficial dos resultados da eleição presidencial deu a Enrique Peña Nieto, o candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), 38,21% dos votos, 31,59% para o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD); e 25,41% para Josefina Vázques Mota, do conservador Partido Ação Nacional (PAN). O pequeno partido Nueva Alianza obteve 2,29%.

Uma grande multidão de milhares e milhares (o secretário do sindicato CCOO de Madri diz que chega a meio milhão de pessoas) mostrou sua solidariedade com os punhos erguidos, slogans e canções revolucionárias, acompanhando os mineiros por todo o caminho, desde a Cidade Universitária até a Praça Puerta del Sol, o mesmo local onde os indignados se reuniram por várias vezes nas lutas do ano passado.

Por todos os ângulos que analisemos, a greve geral foi um fracasso. Antecipamos isso em nossa declaração anterior. A mobilização da Praça de Maio refletiu o apoio limitado que a greve da CGT encontrou na classe operária. A realidade é que a greve encontrou mais simpatias entre a pequena burguesia reacionária e na oposição de direita do que na classe operária. A conclusão é clara: deve-se levar a sério a classe operária, sua mobilização não é uma torneira que alguém possa abrir e fechar à vontade.

As eleições realizadas em maio provocaram a derrota do PASOK e do KKK (partido Comunista), fazendo com que, fossem convocadas novas eleições. Entre a primeira e a segunda eleição o Syriza se fortaleceu enormemente, mas não ganhou as eleições. Leia abaixo qual a postura e o combate apresentado pelos marxistas.

Publicamos em seguidas as propostas dos marxistas gregos para o combate no Syriza. Estas propostas foram redigidas antes das eleições gregas e deixam claro que para sair da crise, a premissa fundamental está em que o controle sobre a economia deve ser retirado das mãos dos grandes monopólios e colocado sobre o controle e administração dos trabalhadores.

A crise grega se aproxima a um salto qualitativo. Antes das eleições de 17 de junho, se difundiram muitas palavras tranquilizadoras, mas todos sabem que estão sendo preparados os planos para a saída do euro numa tentativa de minimizar as consequências e lançar a culpa sobre a “irresponsabilidade” dos gregos.

Após a tentativa fracassada de golpe na Venezuela em 2002 e as ações de bandos fascistas pra desestabilizar o governo de Evo Morales em 2008, após o golpe realizado em Honduras em 2009 e a tentativa fracassada no Equador em 2010. Agora, novamente, um governo eleito pela vontade popular é deposto na América Latina atendendo aos desejos golpistas da burguesia nacional e internacional.

Esta é a primeira vez desde os 24,2% dos votos obtidos por EDA, em 1958 [EDA era, então, uma frente política eleitoral do Partido Comunista, KKE], que um partido do movimento comunista obteve uma percentagem de votos tão alta nas eleições, rompendo uma barreira histórica que revela que as ideias do verdadeiro socialismo têm o potencial de se converterem em majoritárias na sociedade.

Na eleição, Ahmad Shafiq, um dos velhos ministros de Mubarak, enfrentará Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana. Os marxistas não podem oferecer apoio a nenhum destes candidatos, uma vez que ambos representam as forças da contrarrevolução. No entanto, os Socialistas Revolucionários no Egito decidiram fazer exatamente isto, e isto é um erro muito grave.

Os resultados das eleições parlamentares de ontem representam uma “frágil” vitória política para a classe dominante grega. Enquanto isso, vemos um movimento em massa das massas trabalhadoras em direção à Syriza nas maiores cidades, entre a classe trabalhadora, os mais jovens e mais ativos. No seio destas camadas houve uma verdadeira avalanche de apoio à Syriza.

Apresentamos no texto que segue a ultima parte da análise sobre a situação na Grécia após as eleições. A possibilidade de vitória do SYRIZA nas novas eleições abre imensas possibilidades para as massas trabalhadoras elegerem um governo de esquerda.

Aí vamos nós de novo. Mais quatro anos se passaram desde o último ciclo de eleições presidenciais, e mais uma vez, o trabalho organizado encontra-se sem nenhuma opção real.

Artigo de Alan Woods que analisa o desenvolvimento da crise na Europa, os resultados das eleições na Grécia e na França e as tarefas colocadas aos trabalhadores gregos diante da atual situação.

Disponibilizamos aos nossos leitores a primeira parte do relato do 29º Congresso da Esquerda Marxista. Ainda esta semana divulgaremos a íntegra do relato e em breve divulgaremos as resoluções ali aprovadas. Mãos à obra, na luta por nossa construção!