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Na quinta-feira, 25 de agosto, a velha San Juan foi engolida por gases lacrimogêneos enquanto unidades antidistúrbios da polícia de Porto Rico voltavam a reprimir com brutalidade uma manifestação em frente ao palácio do governador. O protesto tinha por principal objetivo o cancelamento do contrato através do qual se privatizou o sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica. A ira da população contra a empresa privatizadora LUMA chegou ao ponto de ebulição nesta semana, depois de uma série de acontecimentos que confirmaram a incapacidade da subsidiária das multinacionais Quanta Services e ATCO para administrar efetivamente a

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A visão clássica de como o capitalismo se desenvolve é que dentro da sociedade feudal surge uma classe composta por comerciantes, banqueiros, primeiros industriais, ou seja, a burguesia, e que para essa classe poder desenvolver todo o seu potencial é necessária uma revolução burguesa para quebrar o limites impostos pela aristocracia feudal fundiária. Foi assim que as coisas se desenvolveram, mais ou menos, em países como França e Inglaterra, mas não no Japão.

Morreu Mikhail Gorbachev, último líder da União Soviética aos 91 anos de idade. As suas políticas para reformar “a partir de cima” a URSS, sob as bandeiras da “Glasnost” e “Perestroika”, representaram uma tentativa falhada para manter os privilégios da burocracia estalinista, enquanto procuravam solucionar as contradições e problemas da economia soviética. O inevitável falhanço destas medidas abriu a porta para a restauração do capitalismo na Rússia, a destruição da economia planificada e o empobrecimento de milhões. Este desastre é o legado de Gorbachev.

Como informamos anteriormente, no mês passado o governo de Ranil Wickremesinghe no Sri Lanka desencadeou a repressão contra sindicalistas e ativistas de esquerda. Agora, o regime intensificou a sua repressão, usando a notória Lei de Prevenção ao Terrorismo para deter ativistas por longos períodos sem julgamento. No domingo, 28 de agosto, haverá protestos em frente ao escritório do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra e nas embaixadas do Sri Lanka em todo o mundo, às 14h, horário local.

Há pouco mais de um mês, em 9 de julho, as massas insurrecionais do Sri Lanka invadiram a residência do presidente Gotabaya Rajapaksa, em Colombo. Este foi o ponto culminante dos protestos em toda a ilha e que estavam em andamento desde março. Eles já haviam derrubado três gabinetes do governo, o governador do Banco Central e os próprios irmãos de Gota: o ministro das Finanças Basil Rajapaksa e o poderoso então primeiro-ministro Mahinda Rajapaksa, que foi forçado a renunciar em 9 de maio.

De 20 a 23 de julho, dois camaradas da Federação de Estudantes Marxistas foram convidados a participar do terceiro Gazte Topagune Sozialista (Encontro da Juventude Socialista) realizado pela GKS (Coordenação da Juventude Socialista) e pela organização estudantil Ikasle Abertzaleak no País Basco. A nós também se juntou um camarada de Lucha de Clases, a seção da CMI no Estado espanhol. GKS é uma nova organização socialista da juventude no País Basco, com o objetivo de construir uma sociedade sem classes com uma inclinação particular contra as táticas colaboracionistas de classe dos social-democratas.

O artigo a seguir está baseado em um discurso proferido pelo editor de marxist.com, Alan Woods, na recente e altamente bem-sucedida Universidade Marxista Internacional. A situação mundial se caracteriza por guerras, caos e crise em todos os níveis, levando alguns a tirar as conclusões mais pessimistas. Na realidade, uma velha ordem está morrendo e uma nova está lutando para nascer. Vemos isso com as erupções revolucionárias no Sri Lanka e em outros lugares. O que está faltando é uma liderança clara e revolucionária para levar a classe trabalhadora à vitória e à derrubada deste sistema capitalista decadente.

Na noite de 1º de julho uma revolta eclodiu por toda a Líbia. O prédio do parlamento em Tobruk, na unidade administrativa de Cyrenaica, foi invadido por protestos e foi parcialmente queimado após as massas usarem uma escavadeira para arrombar as portas do lugar.

A Universidade Marxista Internacional – UMI (hashtag em inglês, #IMU22) -, realizada entre os dias 23 e 26 de julho, ultrapassou todas as expectativas! Um total de 7.333 pessoas inscritas – um aumentos de mais de mil inscritos comparados a nossa última UMI em 2020! Da Bolívia à Belgica, do Vietnã à Venezuela, e do Paquistão ao Peru, trabalhadores e jovens revolucionários se reuniram na maior escola Maxista que a CMI (Corrente Marxista Internacional) já promoveu, acompanhando discussões do mais alto nível político, e com doações que últrapassaram 825.000 euros para nossa coleta, o que será direcionado para a compra de uma nova sede internacional em Londres.

Na primeira semana de julho, em Myanmar, vimos uma erupção espontânea de protestos de trabalhadoras industriais contra os cortes no salário, contra a piora das condições nos locais de trabalho e contra a intensificação do trabalho na fábrica de roupas A Dream of Kind (ADK) na cidade de Mingalardon, em Yangon. Cerca de duas mil operárias estão demandando direitos trabalhistas, garantia de licença médica, férias remuneradas, bem estar social, e aumento dos salários.

No sábado, 9 de julho, dezenas de milhares de cidadãos comuns do Sri Lanka superaram o caos do transporte para chegar à capital, Colombo. As barricadas da polícia foram varridas como caixas de fósforo, e as massas ficaram diante dos degraus da residência oficial do presidente. E então, elas avançaram. As massas, na enxurrada de sua “aragalaya” (luta), de repente transbordaram os canais seguros que a classe dominante havia erguido para mantê-las fora da política. Em poucos minutos, milhares de pessoas tomaram conta da residência presidencial. Em poucas horas, o presidente, escondido, foi

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Em julho de 2021, o Partido Comunista Chinês (PCC) celebrou o 90º aniversário de fundação com um blitz propagandístico se gabando de como o governo do partido levou a uma China próspera, confiante e feliz. No entanto, um ano depois, o descontentamento entre as massas chinesas em relação ao regime atingiu níveis sem precedentes, enquanto aqueles no topo da burocracia partidária bizantina estão mostrando claras diferenças sobre como proceder. O que isso revela e qual é o seu significado para os revolucionários marxistas?

Após meses de crises e escândalos, diante de uma rebelião crescente em suas fileiras, Boris Johnson finalmente caiu. Mas a queda do líder conservador não resolverá nenhum problema para a classe dominante. Em vez disso, avizinham-se eventos explosivos.

A luta de classes está escalando na Grã-Bretanha, enquanto os membros do RMT em greve paralisam as ferrovias, e os conservadores e os patrões tentam esmagar os sindicatos. A imprensa da sarjeta está gritando sobre “guerra de classes”. E – pela primeira vez – eles estão corretos. Republicamos este artigo de 22 de junho, publicado originalmente em socialist.net [em inglês].

Na madrugada de sexta-feira passada, 24 de junho, produziu-se uma tentativa por parte de várias centenas de imigrantes de saltar a cerca de Melilla e cruzar do lado do Marrocos para o outro lado da Espanha da fronteira. O caso resultou na morte confirmada de 37 pessoas até agora, segundo uma ONG local, além de 76 feridos, 13 dos quais em estado grave. Este fato se produz apenas alguns meses depois da ratificação das novas relações entre o governo espanhol e a ditadura marroquina.

O Equador está entrando na terceira semana da greve nacional convocada pela CONAIE (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador) com base em 10 demandas para lidar com a crise do custo de vida. Está sendo alcançado um ponto crucial para o futuro do movimento. A questão de quem governa a sociedade foi levantada, mas não resolvida. O impasse pode causar cansaço e desmobilização. Inclusive com a utilização de armas letais, a polícia reprime violentamente as mobilizações, que são defendidas por jovens na linha de frente. Desde o início da greve nacional, já houve cinco mortes, oito desaparecimentos e pelo menos 127 detenções.